sábado, 24 de novembro de 2012

Adolescência: mudança e crescimento


Já dizia Shakespeare, em 1870: “Gostaria que não houvesse idade alguma entre os 16 e os 23 anos, ou que os jovens dormissem todo esse tempo...” A perspectiva histórica dos fatos pode, muitas vezes, nos ensinar ou servir de conforto __ boa parte da humanidade já passou por dificuldades semelhantes e...sobreviveu!
   A adolescência se caracteriza por ser um período de transformações e, seria improvável que dentro do grupo família as mudanças em um dos seus não se refletisse nas relações e na dinâmica familiar. Tanto é que muitos de nós já ouviram dos jovens: “ Meus pais estão insuportáveis!”
   O processo de adolescer inicia-se com a puberdade__ aproximadamente entre 9 e 11 anos __ quando os hormônios entram em cena. Nesse período desencadeiam-se mudanças não apenas no corpo, mas principalmente , mudanças nas formas de pensar, sentir, de se relacionar e de comportar-se diante do mundo. São sentimentos ambivalentes e intensos __ amor e ódio, euforia e depressão, comportamentos infantis se alternam com momentos mais amadurecidos. Parece haver um estado constante de luta entre forças antagônicas: uma que impulsiona para a vida adulta e outra que seduz com os privilégios da infância. Não raro os adolescentes gostariam de permanecer com o lado confortável dos dois momentos: ser criança e adulto quando lhes fosse conveniente.
   Esse constante movimento pendular que faz com que o adolescente ora seja uma criança, ora um adulto, se estende a todas as situações, na busca de um papel a ser desempenhado no “teatro da vida”. Aquele menino agressivo em casa pode ser amável com os pais do amigo.; o valente no jogo é tímido nas festas; aquela que nunca organizou seu quarto se dispõe facilmente a colaborar com a mãe da amiga na casa de praia. Na realidade os adolescentes estão, sem que tenham consciência disso,, experimentando identidades até que consigam___ algum tempo mais tarde ___ construir a sua.
   A confusão de papéis que os jovens experimentam nessa época, suas contradições e ambivalência fazem com que esse período seja também doloroso. Alguns estudiosos falam na “dor do luto” : luto pela perda do corpo e da identidade infantil e ainda pelos pais da época de criança ___ aqueles que se pareciam com o super – homem e que agora eles percebem como seres humanos.
   E como geralmente a palavra antecede a ação , o adolescente ensaia ser alguém, desenvolvendo um discurso muito afiado. Discute com os pais, se contrapõe a eles, questionando tudo .Faz uma crítica constante e, ás vezes, os ofende e aborrece. Esses choques diários podem instalar na família um clima de desconforto e afastamento prejudicial a todos.
   Ser pais de filhos adolescentes é um exercício diário de paciência, flexibilidade e reflexão. Requer que se tenha clareza e consciência do seu papel fundamental junto ao amadurecimento dos filhos. A aparente crueldade das críticas não é um ato de desamor e sim a procura de auto afirmar-se como pessoa.
   É preciso que os pais não recebam a fala dos filhos adolescentes como uma declaração da inutilidade de tudo o que fizeram por eles. Há muito ainda a ser feito, sobretudo suportar esse período com equilíbrio e consciência de princípios. Eles ainda precisam dos cuidados, da proteção, da atenção, dos limites, da autoridade e da moralidade, que só quem ama pode oferecer. Caso contrário, poderão, enganosamente, experimentar o papel de “todo poderosos “ para sempre!
   A estrada é longa, a tarefa é árdua. Podemos , porém, como pais, experimentar amadurecer com eles.

domingo, 24 de junho de 2012

"É brincando que se aprende: o papel do jogo na aprendizagem"

Com este artigo busco resgatar a importância do BRINCAR, JOGAR e CRIAR na construção do APRENDER, possibilitando o desenvolvimento de crianças autoras de seus pensamentos e de sua Aprendizagem.

MUITOS BRINQUEDOS E POUCAS BRINCADEIRAS
Na sociedade contemporânea temos observado, cada vez mais, a introdução precoce no cotidiano das crianças, dos chamados “brinquedos eletrônicos” e da telemática ( TV, vídeo - game , Internet, etc.). Este fenômeno parece ter modificado o cenário das famílias e o modo de interação entre pais e filhos. Da mesma forma temos constatado os efeitos destas mudanças na Escola, no Aprender e Ensinar.
Houve um tempo em que a infância era vivida nos “quintais, ruas e praças”. Havia poucos brinquedos mas muitas brincadeiras... Neste contexto eram vivenciadas ricas experiências, possibilitando às crianças: representar a realidade, seus sentimentos e expressar sua imaginação. Quem não se recorda das bolinhas de gude, bonecas de pano, saquinhos de areia para jogar “ 5 Marias” e carrinhos de rolemã ? Brincar de “STOP”, forca , pega varetas e dominó em dias de chuva... E o teatro de sombras à luz de velas quando faltava energia? Sem falar na “língua do P” ( um código entre amigos para conversar assuntos secretos...)
Estas vivências proporcionavam o desenvolvimento de muitas habilidades, e, sem dúvida, contribuíam muito para a socialização e o amadurecimento afetivo das crianças.
Na atualidade, a interferência da mídia conquista até consumidores infantis. As crianças têm muitos brinquedos estruturados que, de certa forma, “brincam sozinhos”, e parecem desenvolver pouca capacidade de imaginar, criar e se relacionar. Enquanto espaço que possibilita criar histórias, personagens, conflitos e resoluções, BRINCANDO a criança pode transformar uma pequena caixa de fósforos em uma nave espacial, construir cidades com caixas de papelão. E assim vai assimilando a realidade ao seu mundo interno.
A quantidade ou modernidade dos brinquedos não garante a brincadeira, pois a imitação e a repetição estereotipada exigidas por muitos brinquedos empobrece a criatividade e a capacidade narrativa.

ESCREVER E DESENHAR X DIGITAR E IMPRIMIR
A escola tem introduzido cada vez mais a Informática em seu currículo, como mais uma ferramenta no processo de Aprendizagem. Os trabalhos manuscritos, os cartazes de recorte e colagem, as cópias e ditados forma substituídos por textos digitados, imagens impressas e cópias xerográficas. Apostilas e disquetes para estudar, no lugar de livros , resumos e pesquisas na biblioteca. A Internet e sua alta velocidade para processar as informações parece muito atraente pelos alunos.
Toda esta tecnologia educacional não substitui, de forma alguma, o papel do professor, do ensinante, do mediador entre o aluno e o conhecimento. Pode, com certeza, ampliar, diversificar e enriquecer o trabalho pedagógico. Mas dificilmente poderá garantir a qualidade e o sucesso do processo: Aprender e Ensinar.
Não quero , com isto, negar o valor da qualidade e evolução dos recursos educacionais, dos brinquedos, mesmo os eletrônicos, do computador, etc. Desejo sim , reafirmar a importância dos pais e educadores poderem se posicionar de forma crítica diante destes avanços, utilizando-os criativamente.

JOGAR E APRENDER... APRENDER A JOGAR...
Penso que devem ser promovidos, tanto nas famílias, quanto nas escolas, espaços de jogo, de interação e de imaginação: espaços de aprendizagem .Entendo que o jogar é uma forma de aprender a viver e a conviver. Uma forma de encontro consigo mesmo e com os demais. Jogamos junto com alguém. E é assim que aprendemos e ensinamos. Neste espaço de aproximação afetiva, onde se constrói uma relação vincular com o outro, desenvolve-se a autoconfiança, ganham força a imaginação e a criatividade.
Nas palavras da educadora Madalena Freire :”O educador que brinca (joga) e ri enquanto ensina, favorece o lidar com a tensão que todo processo de aprendizagem contém... Ao jogar, vemos nossos erros e acertos a assim alimentamos nosso brincar, feito de avanços e recuos, onde o desafio é crescer, mudar e transformar”.
É necessário que se resgatem nas brincadeiras espaços de expressão, espaços de possibilidades, tão fundamentais no processo de aprendizagem e de socialização das crianças.
Da mesma forma, é importante que os pais possam estar junto de seus filhos, para conversar, criar interagir e aprender...

PARA TERMINAR: BOLINHO DE CHUVA NA CASA DA AVÓ...
A receita não está pronta nem acabada... Cada um tem um ingrediente a acrescentar, seu potencial criativo. Todos podemos aprender e para isto é importante resgatar a criança que existe em nós, o gosto do bolinho de chuva, nossa própria infância...Assim talvez possamos nos aproximar das crianças, reaprendendo a brincar...brincando de aprender!

domingo, 15 de abril de 2012

Desatentos ou desatendidos?

“Uma reflexão sobre a medicalização da infância e adolescência”
O Brasil é o segundo maior consumidor mundial de Ritalina. (Globo News / novembro de 2010). Relacionando um artigo da Epsiba (Escuela Psicopedagógica de Buenos Aires) de Jorge Gonçalves da Cruz, com esse mesmo título e uma reportagem no site “Globo News” com o dado estatístico da medicalização da infância e adolescência no Brasil nos chamados TDAH e DDA (em 2000 foram vendidas 70.000 caixas e em 2009, 1.700.000, um aumento gigantesco em 9 anos) gostaria de registrar minhas reflexões como psicopedagoga.
Tenho ouvido nos últimos anos muitos pais de alunos de diferentes faixas etárias com queixas de que os filhos (considerados inteligentes) não conseguem prestar atenção nas lições, manter foco na leitura e nos cálculos matemáticos. Por outro lado o mesmo comportamento nas atividades que gostam ou lhe despertem interesse.
Também ouço relatos de professores que sentem dificuldades em “despertar a atenção e manter o interesse” , com argumentos de que estão sempre mais envolvidos com outras demandas. Muitos são trazidos já com o diagnóstico de Distúrbio e Déficit de Atenção, medicados diariamente antes de ir para a escola.O que será que em nosso tempo de crianças, há 30 ou 40 anos, era diferente? Em que escola estudamos que não havia tanta dificuldade de atenção?
Observo atualmente que há diferentes “modalidades de atenção” e também “modalidades de aprendizagem” da geração que nasceu em uma sociedade hiperativa e desatenta dos afetos e da convivência humana. As crianças e adolescentes nascidos dos anos 90 até a atualidade, cresceram em contextos sociais muito adversos dos pais. Famílias e escolas tiveram que, muito rapidamente, aprender a conviver com a entrada das tecnologias no cotidiano. Este fato trouxe benefícios, mas com certeza simultaneamente provocou alguns prejuízos à convivência e ao papel formador e insubstituível de pais e professores. O tempo compartilhado diariamente tem sido cada vez mais invadido pelo computador, vídeo game e celular.
Há cada dia menos brincadeira e mais brinquedos, principalmente os eletrônicos. Estas mudanças sociais têm exercido influência direta no modo de ensinar, de processar informações e aprender. Não quero com isso afirmar que toda tecnologia seja nociva ao desenvolvimento dos filhos. Mas que pode subtrair tempo essencial para a construção de laços afetivos nos relacionamentos humanos onde falar e ouvir, olhar e ser olhado sejam tão importantes quanto teclar e enviar mensagens de texto com apenas 140 caracteres...
Coloco a pergunta: há crianças e adolescentes desatentos ou estão desatendidos como seres humanos em desenvolvimento, com necessidade de atenção, olhar tranquilo e tempo disponível por parte dos adultos? Desatendidos de serem ouvidos em suas angústias de criança, de poderem expressar suas necessidades. Questiono que haja sempre, em todos os casos, a existência de uma “doença que precisa de remédio” ou na realidade um indivíduo com demandas emocionais e familiares a serem primeiramente atendidas ou solicitando atenção.
Fica fácil, concreto e mais breve depositar apenas em uma medicação toda a ação e tratamento esperados para a mudança de um comportamento. É muito mais difícil e trabalhoso olhar para as necessidades de nossos filhos, alunos enquanto seres em desenvolvimento e que precisam de bons mediadores de sua aprendizagem.
São hiperativos por característica individual de atitude pró-ativa diante da vida ou pelo excesso de atividades obrigatórias, em uma agenda sobrecarregada de cursos e atividades para se manterem ocupados e os pais com a consciência tranquila de que fazem o melhor para a formação dos herdeiros?
O melhor que os pais podem fazer é estarem mais atentos ao desenvolvimento de seus filhos, priorizando em cada idade atividade adequada, deixando tempo livre para serem crianças.
É preciso fazer um contraponto a esta tendência atual de rotular, medicar crianças e adolescentes e a escola tornar-se cada vez mais dependente de que os alunos que apresentam dificuldades estejam medicados para vir à escola e aprender. Há que se ter outra forma de lidar com as subjetividades envolvidas e que podem ser determinantes no comportamento e na aprendizagem.
Pais e educadores precisam se unir e buscar alternativas para trabalhar com esta questão tão contemporânea, na tentativa de discriminar os reais casos portadores de disfunção neurológica daqueles que no contexto não se incluem nem necessitam medicação, mas precisam antes de apoio terapêutico, orientação e reestruturação emocional.
É preciso mudar a pergunta de por que os alunos não prestam atenção e não aprendem para que escola está sendo oferecida e como está se realizando o processo de ensino/aprendizagem. Também se perguntar sobre em que contexto vive essa criança e o que precisa ser modificado no seu entorno para ajudar na sua evolução.
É preciso olhar e escutar mais e melhor nossas crianças e adolescentes, compreender o que dizem através do comportamento desatento e hiperativo para chegarmos à compreensão do real conflito, a um diagnóstico mais assertivo e um tratamento adequado.

Onde me encontrar?

Sorocaba
Vívere Atendimento Psicopedagógico
Rua Barão de Piratininga 441
Jardim Faculdade
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15 9778 0285

Itu
Vitalità Núcleo  Terapêutico
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Vila Leis
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anelisecarvalho@uol.com.br

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Afeto e Aprendizagem: a linha e o linho...

Convivendo com crianças e adolescentes há alguns anos, tenho observado a importância das relações afetivas nos processos de aprender e ensinar.
Estabeleci uma analogia para desenvolver esta idéia: a aprendizagem é como o bordado de um tecido e o vínculo é a trama que se estabelece entre a linha e o linho, o aprendiz e o ensinante.
No início do nosso desenvolvimento,somos como um linho cru, que acabou de sair do tear, a espera de mãos habilidosas das bordadeiras ensinantes. Nossa família é a primeira “caixa de costura”, onde encontraremos bastidores, que nos darão segurança para iniciarmos este processo chamado Aprendizagem.Nesta instância se dará o “projeto” do bordado, o plano da arte a ser feita. Na família se inscrevem os sonhos que nossos pais tiveram conosco, antes mesmo de nascermos, quando preparavam nosso tecido, sonhavam o nosso bordado...
Quando nascemos começa a arte dos nossos pais: bordadores de seres pensantes e afetivos. Vão nos inscrevendo as cenas da nossa infância: casas, árvores, flores, espinhos... as marcas das histórias contadas antes de dormir, dos aniversários, das conversas sobre o céu e as estrelas... Certamente temos em nosso tecido/identidade bordados refeitos e pontos difíceis, frustrações que toda infância traz.
A beleza do bordado vai se constituindo quando o tecido se deixa bordar. Muitas vezes, por condições do tear, surgem tecidos não tão lineares...Darão mais de trabalho às mãos pacientes das bordadeiras. Mas serão possíveis de receber o bordado.
Quando entramos na escola passamos a receber “pontos” de outras mãos: nossos professores. Mãos muitas vezes calejadas de tanto tecido bordado, ao longo de anos de sala de aula/costura... É importante dar continuidade ao bordado, para que seja ampliado. São introduzidas aplicações do Português e da Matemática, zigue-zagues das dúvidas, as bainhas das avaliações... Podemos ter fitas coloridas das Artes e a geometria do ponto cruz.O tecido vai se colorindo com os fios da alegria de aprender. Pais e professores devem ter afinidades nos planos para o bordado,devem confiar uns nos outros, na busca pelo mesmo objetivo: uma pessoa com identidade e projetos a serem descobertos...
Nossa escolaridade vai seguindo e o tecido vai ganhando uma forma, uma função: quem sou eu? O que farei depois de “terminado” meu bordado? Entramos na adolescência e deixamos menos as mãos bordadeiras atuarem sobre nós... Felizmente, o principal já foi bordado na primeira infância: o caráter, a personalidade. Assim, temos estrutura para receber o corte da profissão e garantir nosso lugar no mundo. Estaremos formados pela trama entre o linho a linha...
A aprendizagem precisa das agulhas do pensamento e da inteligência para se constituir no bordado do Saber. Os fios são as situações de vivência que, quanto mais abundantes, mais darão chance do bordado ter harmonia. As mãos bordadeiras/ensinantes estabelecem a trama no tecido, corpo e alma do aprendiz.
Quando surgem dificuldades para aprender é necessário examinar cuidadosamente o tecido e trama inscritos nele, para compreender o que se estabeleceu em anos de laçadas, nós e arremates. Precisamos ter mãos habilidosas para refazer alguns pontos, ampliar outros e dar colorido ao desenho .
A psicopedagoga é uma bordadeira de pensamentos, construtora de tramas com as crianças/tecido, utilizando os recursos que juntas podem lançar mão para resignificar este bordado/aprendizagem.Assim venho construindo minha prática clínica, autorizando-me a pensar metaforicamente sobre este tema. Compreender e aceitar os tecidos não tão fáceis e “perfeitos” para trabalhar com crianças que precisam da nossa ajuda... Acreditar na possibilidade da beleza do trabalho terminado, aceitar o desafio de relacionar a linha e o linho, o afeto e aprendizagem.

Quem sou eu?

Sou mineira de nascimento (Cristina , sul das Minas Gerais), paulistana de formação e sorocabana de profissão. Sou casada, tenho um filho de 13 anos e uma família unida. Gosto muito de ler, viajar, cozinhar para meus amigos e cuidar dos meus jardins...
Acredito que na simplicidade da vida é que está o valor, o sentido de estarmos neste mundo...
O mais importante, o essencial, é invisível aos olhos mas sentido com o coração...
Por isso escolhi trabalhar com pessoas, por isso acredito que o humano está acima e antes de toda técnica e de todo conhecimento...
Compartilhar minha vida e minhas experiências  nestes 44 anos de vida é o objetivo deste blog...
vamos em frente!

Quem sou eu em minha profissão?


Pedagoga graduada pela USP
Psicopedagoga Clínica e Institucional pós-graduada pela PUC SP
Professora Especialista no curso de pós-graduação em Psicopedagogia da UNISO
Atendimento de crianças, adolescentes, jovens e adultos na área da aprendizagem .Orientação profissional e Assessoria Institucional. Abordagem clínica de problemas de aprendizagem, orientação de pais e acompanhamento de casos de inclusão escolar.Supervisão clínica a profissionais da área.Coordenação de projetos psico-educativos em Instituições.